OUVIR A DEUS EM ORAÇÃO
Ouvir a Deus em oração
A vida de oração de cada cristão é algo muito particular. Cada um de nós tem uma boa história para contar sobre a sua própria vida de oração e isso é maravilhoso.
Apesar das múltiplas maneiras de se estar com Deus em oração, a maioria dos cristãos concordam que orar é conversar com Deus. Mas uns conversam deitado, outros de joelhos, outros caminhando, outros em pé com mãos estendidas e ainda outros de todas as formas um pouco.
Desta conversa, oração, a impressão que eu tenho é que Deus começa a falar sempre depois de um tempo. Me parece que são nos momentos em que já falamos de tudo e nos pomos em silêncio que começamos a ouvir a voz de Deus.
Alguns textos bíblicos nos sugerem que Deus está sempre falando conosco, embora muitas vezes não o ouvimos nem atendemos: “Pois Deus fala de um modo, e ainda de outro se o homem não lhe atende”(Jó, 33.14) ou ainda “Quem tem ouvidos, ouça” (Mateus, 13.9).
Todavia, um texto que sugere que Deus sempre revela seus segredos aos seus servos é o que escreveu o profeta Amós: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós, 3.7). Aqui me detenho.
O grande desafio dos intercessores não é o de falar com Deus, mas o de ouvir a Deus. Ele continua trabalhando – “…Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João, 5.17) – nós precisamos trabalhar junto com Deus, e para isso é necessário ouvi-lo.
Aqueles que têm buscado ter uma vida efetiva de oração, são como os que se colocam nas fendas dos muros, que ficam nos postos de vigia e clamam pelo bem do povo e por isso mesmo precisam estar atentos aos movimentos de Deus por meio do Espírito Santo.
Clame a Deus, persevere batalhando em oração, mas aquietai a alma e escutai a voz do Espírito. Ore no fluxo e no movimento do Espírito. Discernindo a vontade de Deus e serás mais efetivo em oração.
“Subirei a minha torre de vigia me colocarei e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que me dirá, e o que eu responderei no tocante, a minha queixa” (Habacuque, 2.1)
Por Edson Ciso