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O REINO EM NÓS

O Reino em nós

“Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós” – Lc 17.21

A ideia de um reino que emerge de dentro para fora tem me feito refletir sobre o quanto é pecaminoso compensar nossas frustrações nesta vida com doses homeopáticas de prazer. Porque de fato, me parece, existe uma tendência pecaminosa em nós de viver de compensações. Volta e meia nos vemos equilibrando expectativas não atendidas com doses mais intensas de prazer de toda natureza. Com frequência de prazeres ilícitos para um cidadão do Reino.

Quando nos frustramos, pelo menos a maioria de nós, seja lá com o que for, automaticamente alargamos algumas fronteiras em nossas vidas e nos permitimos quebrar algumas regras. Raciocinamos da seguinte maneira: já que não consegui a promoção, não tem por que eu continuar me preparando tanto. Ou já que meus pedidos nunca são atendidos, não vou me dedicar tanto tempo a oração.

Parece banal, mas leve isso as últimas consequências e veja o tipo de pessoas que vamos nos tornando. Um pouco mais de prazer aos olhos, um pouco mais de prazer para carne, um pouco mais de satisfação para o ego e paulatinamente vamos nos coisificando. Alguns de nós nos tornamos monstros assustadores.

O discípulo de Jesus é chamado por ele para viver nesse mundo com o coração dominado pela lógica do Reino dos Céus. Estamos aqui, mas deixamos de pertencer a este lugar. O coração governado por Deus é um tipo de coração que deseja cada dia que a vontade de Deus seja feita aqui, como é feita nos céus.

Sob este domínio, as frustrações não são mais compensadas com doses homeopáticas de prazer, mas com satisfação em Deus; um tesouro e uma fonte de prazer muito maior.
Alguém que conseguiu fazer de Deus seu tesouro pessoal, vive num estado de contentamento perene. Pois fez de Deus e não do que ele pode proporcionar sua fonte de satisfação e alegria. Deus é inesgotável e dele jamais teremos falta alguma.

O pior caminho que podemos tomar na vida, uma vez que pertencemos ao Reino dos Céus, é trocar a fonte eterna por cisternas temporárias que não retém água – Meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água Jr 2.13. Mitigar nossas frustrações com prazeres, sobretudo ilícitos, tendo Deus acessível a nós é loucura.

Existe plena satisfação em Deus e uma eterna alegria em sua presença – Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita Sl 16.11. Agora que este Reino está crescendo dentro de nós, precisamos fazer dele nossa fonte prioritária de contentamento. Precisamos desenvolver a fé ao ponto de que nada seja capaz de rivalizar com Deus em termo algum, sobretudo em ser nossa fonte de contentamento, alegria e prazer. Bem como, que nenhuma aflição, nenhuma decepção, nenhuma frustração, nos leve a negociar com Deus.

Que Deus mesmo nos ajude a caminhar de forma que atinjamos a estatura de varões perfeitas, tal qual a Cristo. Para glória de Deus e para nosso bem.

Por Edson Ciso

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