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Prazer, meu nome é Ego

Prazer, me chamo Ego

 

Há muitos anos assisti uma pregação do saudoso Myles Monroe sobre tempos de crise. Instigante, ele deu o nome para o sermão de “The crisis is your friend” (A crise é sua amiga).

Brilhantemente ele desenvolve a ideia que os períodos de crise revelam quem realmente somos e sobre quais fundamentos estamos firmados. Por isso dias de crise, segundo ele, são também dias de oportunidades. Sobretudo,  oportunidade de nos conhecermos melhor e de crescermos.

Nossa geração passa por uma crise sem precedentes. Estamos diante de um verdadeiro colapso mundial. Diferentes países do planeta têm sido atingidos duramente pela pandemia por conta do coronavírus e suas consequências sociais e econômicas.

Todavia, uma de muitas oportunidades que esta crise nos tem proporcionado é de nos conhecermos melhor. De conhecermos como lidamos com nossas verdades, com as verdades que nos contam, com nossas crenças e com nossos valores.

Percebemos como temos dificuldade de reconsiderar nossas falas e as coisas que defendemos tão categoricamente. É sabido que os coronavírus são um grupo de vírus antigo, mas sua mutação que denominamos covid-19 é nova e como algo novo estamos ainda aprendendo a lidar com ela.

A própria comunidade científica e as associações médicas o tempo todo precisam rever seus estudos e pesquisas. Precisam lidar de maneira diferente com os sintomas do vírus no corpo humano enquanto se busca uma vacina.  O remédio que se mostrou apropriado em um momento, pode ser revelar inadequado em outro. Ou um remédio que se pode tratar uma pessoa não pode outra, e assim por diante.

Não obstante, o que toda essa incerteza e segurança revela em nós é a dificuldade de reconhecermos que podemos estar errados. É impressionante ver como defendemos tenramente ideias que se mostram comprovadamente ultrapassadas, ou mesmo como tentamos defender o indefensável.

O vírus tem revelado muitas coisas como a dificuldade dos governos em se prepararem para dias difíceis, a guerra tácita entre países,  a desunião entre pessoas, o hiato entre as classes sociais, etc. Mas mais que isso, o vírus tem mostrado que o que mais mata a humanidade é a natureza de seu coração.

 

“Conhece-te a ti mesmo”

 

Por Edson Ciso

Um comentário sobre “Prazer, meu nome é Ego

  • Brilhante texto.
    E a conclusão infelizmente é verdade, o que acabamos de perceber com tudo isso é que o ser humano é cruel e egoísta… triste realidade.

    Resposta

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