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Desapega dos seus pais, criatura!

É isso mesmo que você leu aí em cima, você, pessoa casada, seja homem ou mulher, precisa desapegar do seu pai e da sua mãe. E não sou eu quem está dizendo isso. É a bíblia!

Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. (Gênesis 2.24)

O casamento requer deixar pai e mãe. Para casar (unir), tem que deixar!

Essa é a hora que você fala desesperadamente “Oh! Como assim?! Não posso abandonar meus pais, não! Você só pode estar maluca.”

Calma, ninguém aqui disse abandonar, nem eu e muito menos a bíblia. Vamos lá, mostrar que eu ainda estou lúcida.

“Deixar”, nesse contexto, não quer dizer abandonar e nem cortar contato, pois isso seria contrário ao que a bíblia diz. Em Marcos 7.9-13, por exemplo, encontramos claramente orientações para que honremos nossos pais e os ajudemos em suas necessidades.

Então o que quer dizer? Quer dizer que para se unir em “uma só carne”, para desenvolver um casamento saudável, é necessária uma mudança radical, no qual o relacionamento profundo com os pais é transposto por um relacionamento profundo entre os cônjuges, que futuramente iniciará uma união do novo casal com seus próprios filhos.

Isso significa que o filho deixa de depender dos pais emocional, social, geográfica e financeiramente:

Emocional – Desenvolva segurança para tomar suas próprias decisões sem depender da presença constante dos seus pais. Você precisará, estando casado, assumir pequenas e grandes responsabilidades, fazer escolhas e arcar com as consequências delas sejam boas ou ruins. É claro que você não vai negar ouvir conselhos de seus pais, porém a tomada de decisão pertence a você e ao seu cônjuge, não aos pais de vocês.

Social – Quando você nasceu foi automaticamente inserido em uma unidade familiar formada a partir de seus pais, mas com o casamento uma nova unidade familiar deve ser formada, a partir de você e seu cônjuge. Será uma família com seu próprio caminho. Isso não significa que você deva excluir, por exemplo, as tradicionais celebrações de família (Natal, Ano Novo, Aniversário dos pais…), em que se reúnem com os demais familiares, mas quer dizer que há limites. Vocês formarão novas tradições familiares, terão um jeito próprio de fazer as coisas, apresentarão características inerentes.

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Geográfico – Morar na casa dos pais geralmente é uma furada, principalmente para recém casados. Vocês não terão a privacidade necessária para se conhecerem e desenvolverem o casamento. Além de que não terão autonomia para tomarem suas próprias decisões como casal. Esse “corte” geográfico é necessário para o desenvolvimento saudável do casamento, da mesma forma que cortar o cordão umbilical de um bebê é necessário para desenvolvimento saudável dele. Ele não pode ficar a vida toda grudado na mãe, ele precisa do ambiente dele e ela do dela. O cordão umbilical serviu a um propósito e esse propósito tem um fim. O mesmo vale para o morar sobre o mesmo teto dos familiares.

Financeiro – Tenha sua própria fonte de renda. Seja por trabalho, por renda de investimentos, por aluguel de imóvel… Mas é necessário que o casal tenha meios próprios para sustentar a família que irão formar. Se não trabalha, procure um emprego ou crie seu próprio trabalho como autônomo. Se trabalha e o dinheiro é pouco, reveja seus gastos e prioridades, verifique se é pouco mesmo ou se os gastos é que estão exagerados.

Você como casado deve passar a priorizar o seu relacionamento de casal. Não se permitir passar por essa transição do “deixar” acarretará muitos problemas ao “unir”.

Por Valéria Andrade

Imagem de capa: Adaptada de Freepik

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