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SABER VIVER

Saber viver

 

Vivemos em um mundo dinâmico e de incessantes mudanças. Isso exige que sejamos cada vez mais adaptáveis e busquemos soluções práticas para as diferentes situações que a vida nos apresenta.

A capacidade de se adaptar e de se ajustar rapidamente as diferentes situações da vida é o que tem tornado, de certa forma, a vida “vivível”, seja pensando evolutivamente, seja pensando nos aspectos simples do dia a dia.

Por outro lado, essa nossa característica pode ter consequências ruins quando estendemos essa condição a certas áreas de nossas vidas. Como por exemplo as coisas de valor imensuráveis como nossos relacionamentos.

Uma das grandes necessidades da alma humana é a de se sentir acolhida e amada. Verdadeiramente amada. Embora alguns possam se gabar de viverem bem solitários, um dos grandes anseios humano é o de saber que alguém se importa verdadeiramente consigo.

Quando os anos da existência vão se somando e a maturidade vai chegando, mais e mais vamos nos dando conta do quanto é importante ter relacionamentos verdadeiros e duradouros e do quanto algumas de nossas relações precisam ser profundas.

Todavia, por vivermos em um mundo que exige de nós cada vez mais soluções rápidas para os problemas da vida, nos acostumamos a não querer ter trabalho. Privilegiamos o esforço mínimo em tudo. Aí entramos em um impasse, pois relações profundas e duradouras exigem muito de nós e dão muito trabalho.

A experiência dos muitos anos vividos nos faz perceber que não é da noite para o dia que se constroem relacionamentos profundos. Não é num encontro casual de fim de semana que se aprofunda uma relação de amor com alguém, por exemplo. É no dia a dia, é na difícil tarefa de se relacionar que se constrói essas relações vitais.

É aqui que precisamos abandonar nossa “cultura da adaptabilidade”. Principalmente se isso nos leva a tratar tudo como algo descartável. Para que nossas relações deem certo precisamos a todo momento nos esforçar e lutar por elas.

Precisamos celebrar o trabalho que dá cuidar de alguém e do ato de se relacionar como se fosse parte do processo de se viver relações verdadeiramente profundas. O que de fato é.

Como já disse o poeta “é preciso saber viver”. Mais que isso, é preciso saber amar. É preciso saber continuar amando, mesmo quando as coisas estiverem difíceis. Porque é assim que vivemos  relacionamentos profundos e duradouros.

 

Por Edson Ciso

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