TRABALHO DO AMOR
Trabalho do amor
“Então Jacó trabalhou sete anos por Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava”
A Bíblia é cheia de histórias de relacionamentos e como todos os relacionamentos, alguns bem sucedidos e outros não.
A história de Jacó e Raquel é uma das histórias que de certa forma podemos dizer que foi bem sucedida. Uma história bonita e inspiradora, principalmente sobre o poder do amor.
Nossos dias têm sido bastantes rasos em relação as coisas do amor. São tão poucas as referências de amores profundos e duradouros que muitos têm nutrido certo receio de se relacionar amorosamente.
Poucos de nós, a exemplo de Jacó estamos realmente dispostos a trabalhar duro por alguém. E não há dúvida, amar dá trabalho.
Manter um relacionamento saudável e que glorifique a Deus demanda diferentes tipos de trabalho a fim de que se construa uma vida em comum. Mas é na mente e no coração que começa o verdadeiro trabalho.
Precisamos amar o outro a ponto de estar dispostos a trabalhar por ele. Embora o trabalho seja duro e árduo, são pequenas coisas que se somam e acabam destruindo boa parte dos relacionamentos de nossos dias.
Por exemplo, em distintas áreas da vida, nossa geração tem grande dificuldade com desconfortos, com perdas, com descontentamento.
Vivemos um tempo em que grande demanda e exigência social sobre os indivíduos é o sucesso pessoal a qualquer custo. E isso implica ganhar sempre, nunca perder.
O trabalho que o amor exige de nós atualmente é o de aprender a ceder. Precisamos aprender a ceder para que todos ganhem.
Relacionamento não é lugar para disputas. O amor pelo outro precisa nos levar a um estado de consciência tão elevado que se chegar uma situação em que um ou outro fique bem, a escolha deve ser sempre que o outro fique bem. Por favor, faça um esforço para entender o que quero dizer!
Comece pensando pequeno. Se não puder dividir a pizza, entre seu sabor preferido e do outro, peça o do outro. Por quê? Porque o amor gera pequenas gentilezas e pequenas gentilezas criam um estado de felicidade.
Se cedemos nas pequenas coisas para que o outro esteja feliz, ver a pessoa que amamos feliz nos deixará igualmente feliz.
Para, por favor, não me faça essa pergunta de quantas vezes você tem que ceder ou se só você tem que ceder. Porque obviamente eu também teria que lhe perguntar o quanto você ama a pessoa que diz amar.
Claro, o amor não se submete a tudo, de forma alguma. Não estou aqui advogando a causa que devemos nos tornar incondicionalmente subservientes. Mas pense num mundo ideal em que ambos estejam cheios desse amor que trabalha. Então, comece você construindo esse mundo.
Bem, criando pequenos hábitos de trabalhos motivados por amor no relacionamento, vamos criar um círculo vicioso. Estaremos tão acostumados a pequenas ações de gentileza, que quando a vida exigir de nós sacrifícios maiores não nos será tão custoso. Ou pelos menos já vamos ter um padrão a seguir.
Os sete anos de trabalho duro de Jacó por Raquel se tornaram em catorze, mas aqui não se trata do quanto tempo vamos precisar trabalhar, provavelmente vamos ter que trabalhar a vida toda. Aqui se trata do quanto se ama. Pois os dias “…lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava”.
Por Edson Ciso