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O Facebook de “armas nas mãos”

Muito se tem falado nos últimos dias sobre algumas consequências que o advento das redes sociais tem trazido a esta geração, muitos cientistas sociais têm se dedicado a este tópico. Evidentemente, aqui não pretendo colocar as redes sociais na berlinda, quero apenas chamar atenção para uma potencial consequência do uso errado dessas e outras ferramentas.

É perceptível que a geração que aí está tem se tornado cada vez mais apática e insensível a esferas importantes da vida humana. O contrassenso é que, via de regra, as redes sociais têm tornado alguns relacionamentos mais e mais superficiais. Pois essas ferramentas em muitos aspectos trazem a falsa sensação de intimidade, mas não gera relacionamento íntimo profundo. Embora seja uma ferramenta que possibilita estender e viabilizar relações reais, sempre existe, também, o fantasma de que muito de nossas interações, a partir dela, sejam apenas, no sentido deletério da palavra, virtual.

Vista especificamente como ferramenta de entretenimento penso que o mau uso das redes sociais, de maneira geral, tem roubado nossa disposição para meditação e reflexão profunda em aspectos relevantes da vida. Se não tomarmos os devidos cuidados isso pode ser ainda mais nocivo. No que diz respeito a fé, por exemplo, poderíamos, com justiça, sermos acusados por nossos predecessores de sermos a geração em que mais as doutrinas fundamentais da fé cristã protestante estão espraiadas sobre a superfície dos corações, pois não criaram em nós raízes profundas.

Tanto tempo dispendido com entretenimento (stricto sensu) não nos permite, por exemplo, como nossos irmãos Puritanos, ter como prática em nossa experiência religiosa a meditação. Como afirmou Prioulo “a meditação bíblica firma em nossos corações as verdades bíblicas que aprendemos”. No geral, estamos entretidos demais para dedicarmos tempo de qualidade a meditação sistemática. Talvez, senão mudarmos radicalmente a forma como lidamos com todos os recursos que a nós estão disponíveis, jamais poderemos, com sinceridade, orar como o salmista: “Como amo a tua lei! Nela medito o dia inteiro.” (Sl 119.97). E, talvez, isto seja o que de mais grave o “Facebook” tem roubado de alguns de nós.

Por Edson Ciso

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