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REENCONTROS

Reencontros

 

 

A saudade é delatora do crime flagrante da distância de quem se ama, ou do que se ama. Os sorrisos fáceis, as conversas agradáveis, o amor despretensioso, tudo isso deixa saudade. Mas a existência desta última fala mais do estado de nossa ausência do que o contrário.

Não é comum sentirmos saudade daqueles que estão presente. Este é um sentimento que traduz a falta que alguém ou algo deixou ou deixa em nós. Não importa se o último contato foi há algumas horas ou há muitos anos, a saudade denúncia a distância no momento em que ela mesma se evidência.

Sentimos saudades de coisas que marcaram positivamente nossas vidas, isso é uma coisa boa. São das pessoas agradáveis, dos sentimentos bons, dos lugares inesquecíveis, dos momentos memoráveis, das coisas inestimáveis, etc., que sentimos saudade. Mas a saudade aponta, também, nossos distanciamentos e desencontros.

Um dos remédios possíveis para este fato são os reencontros. Às vezes, é preciso, revisitar lugares, dar de novo aquele abraço, ter de novo aquelas conversas, ouvir de novo aquelas histórias, experimentar de novo aqueles sabores, reviver aqueles momentos, gozar aquelas sensações, tocar de novo aquelas coisas, reviver situações.

Na vida, os desencontros são inevitáveis, mas, por outro lado, alguns reencontros são possíveis e curadores. Se a saudade faz parte da experiência de viver neste mundo, os bons encontros e reencontros são vislumbres do céu.

 

Edson Ciso

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