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Mude sua vida, mas não mude a Palavra

Um dos grandes problemas dos interpretes bíblicos de nosso tempo é a confusão que muitos fazem daquilo que podemos chamar livre exame das escrituras com livre interpretação das Escrituras. Outro mal é confundir diversidade de aplicação com diversidade de sentido. Ora, são problemas vitais para quem se propõe ao ensino. O ministério da Palavra é um santo ministério. Mas o que muitos de nós ministros estamos fazendo com a mensagem bíblica é um desserviço para o Evangelho.

É verdade, todos nós temos total liberdade para examinar exaustivamente as Escrituras, mas é imprescindível que sejamos extremamente criteriosos na interpretação.  Assim como, também, precisamos nos lembrar de que apesar de podermos aplicá-lo relativamente de diferentes maneiras, o texto sagrado foi escrito com um único sentido.

Em nossos dias temos observado uma oscilação absurda quanto a validade dos princípios bíblicos aplicados a experiência prática cristã. Vemos um tremendo malabarismo exegético sendo feito para acomodar os princípios bíblicos aos distintos estilos de vida e não um malabarismo para adequar os distintos estilos de vida aos princípios bíblicos. O texto sagrado tem sido aviltado a fim de respaldar, muitas vezes, até mesmo um estilo de vida claramente pecaminoso.

Por estes e outros motivos, toleramos no Brasil e em nossas igrejas, por exemplo, ensinos dúbios, até mesmo claramente contrários a Palavra.  Muitos púlpitos estão eivados por um ensino pernicioso e com viés claramente ante bíblico.

Caro ministro mude sua vida, mas não mude a Palavra. Examine o texto, mas não lide com ele do jeito que lhe parecer conveniente. Não dê ao texto um sentido que ele não tem. Não use o Texto para justificar seus maneirismos. Não o use como ferramenta de manipulação. Tão somente “pregue a Palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda paciência e doutrina” (2 Tm 4.2).

Por Edson Ciso

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