criançasFamíliaTodos

A suficiência das Escrituras na educação de filhos

O apóstolo Paulo, na carta que escreveu a Timóteo, afirma que nos últimos dias viriam tempos terríveis (Tm 3.1).  Sem dúvidas, é assim que podemos classificar os nossos dias. Vivemos tempos em que verdades e doutrinas fundamentais das Escrituras têm sido questionadas, sutilmente deixadas de lado ou estrategicamente misturadas a outras “verdades”. Em nenhum outro momento doutrinas básicas do cristianismo como a suficiência das Escrituras, as doutrinas acerca do pecado, da salvação, santidade, etc. foram tão relativizadas e solapadas quanto em nossa época.

Evidentemente, isto pode e, de certa maneira, tem influenciado seriamente a forma como educamos nossos filhos. Em muitos lugares, por causa dos ensinos seculares atuais, as verdades bíblicas têm sido sutilmente contrapostas ou relativizadas em vários aspectos. MacArthur em seu livro Sociedade sem Pecado¹ faz menção sobre como pressupostos da psicologia, por exemplo, podem paulatinamente assumir lugar de destaque em nosso ensino em detrimento de verdades bíblicas inquestionáveis noutro tempo. Segundo este autor, nos nossos dias é muito comum, para se escapar da culpa, o pecado ser encarado muitas vezes como doença. Hoje, entre uma infinidade de outros exemplos que poderiam ser referidos, não é raro classificar como hiperativas crianças que afrontam a autoridade ou glutões serem classificados como tendo distúrbio alimentar, assim, minimizando as responsabilidades e culpa dos mesmos pelos seus atos.

Quando permitimos que o ensino das sãs doutrinas seja contaminado pelas “verdades” da cultura vigente, ou mesmo por pressupostos científicos, corremos sérios riscos de comprometer gravemente o futuro eterno de nossas crianças. MacArthur alerta:

“Rapidamente os cristãos estão perdendo a visão do pecado como raiz de todos os males. (…) Anule a doutrina da depravação humana e você invalidará o plano de salvação. Apague a noção da culpa pessoal e você eliminará a necessidade de um salvador. Destrua a consciência humana e você levantará uma geração amoral e irredimível. A igreja não pode dar as mãos ao mundo em um empreendimento completamente satânico. Agir assim é destruir o verdadeiro evangelho para o qual fomos chamados a proclamar”.

Para nós que amamos o Senhor Jesus e a sua Palavra, mais que nunca, este é um tempo em que precisamos firmemente nos voltar para as Escrituras Sagradas como sendo nossa única regra de fé e prática, bem como ouvir atentamente a recomendação do Apóstolo: “Você porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina” (Tt 2.1). Que Deus nos ajude!

Por Edson Ciso.

¹ MACARTHUR, John. Sociedade sem pecado. Ed.: Cultura Cristã. SP.2010 . p 7-29

Banner central ATUALIZAÇÕES (gostou do post)

Nota: Esse texto foi publicado anteriormente no blog da Galera Sorridente com o título “A suficiência das Escrituras na ministração infantil” e revisado para postagem aqui no blog NoTelhado pelo mesmo autor.

Imagem de capa: Freepik

3 comentários sobre “A suficiência das Escrituras na educação de filhos

  • Isso realmente é algo que os país estão deixando passar na frente dos olhos. As vezes por medo de ser “careta”, as vezes por outros motivos, mas acho q acima de tudo, por colocar a lei e ensinamentos do homem a frente da de Deus.

    Resposta
    • Olá Glaucia! Você está coberta de razão, está havendo uma inversão de prioridade e negligência com as Escrituras na criação dos filhos. Por isso esse artigo serve como um alerta aos pais. É necessário rever conceitos.

      Resposta
  • Excelente artigo e muito importante para os dias de hoje. infelizmente é nítida perda da percepção do pecado, principalmente em relação a questão da sexualidade. Seu artigo serve como um alerta, parabéns!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.